Fraturas do Cotovelo

O que é?

O cotovelo é uma articulação complexa composta por 3 ossos: o úmero distal (região inferior), o cúbito proximal (a região superior do cúbito) e o rádio proximal. Assim, uma fratura do cotovelo pode incluir tanto cada um destes ossos individualmente, como uma combinação de dois ossos ou a globalidade destas estruturas. A gravidade da lesão depende do tipo de fratura e do número de ossos envolvidos. Neste artigo vamos apenas descrever as fraturas mais frequentes.

Epidemiologia

As fraturas do cotovelo têm uma distribuição bimodal com um pico durante a adolescência e outro na terceira idade. A fratura da tacícula radial (região proximal do rádio) é a fratura do cotovelo mais comum, seguida da fratura do olecrânio (região proximal do cúbito).

Mecanismo da lesão

Pode ocorrer por trauma direto ou indireto e, muitas vezes, está associado a fraturas-luxação do cotovelo.

Sinais e Sintomas

Dependendo da fratura, pode haver diferentes manifestações:

  • A fratura da tacícula radial está normalmente associada a uma dor profunda do cotovelo, sem deformidade, que permite realizar os movimentos do cotovelo levando assim o doente a procurar ajuda médica apenas vários dias após o trauma por não constatar melhoria da dor.
  • A fratura do olecrânio (região proximal do cúbito) está associada a edema da região posterior do cotovelo e a incapacidade de realizar extensão do cotovelo.
  • As fraturas mais complexas, incluindo fraturas-luxação do cotovelo, apresentam deformidade evidente do cotovelo após o traumatismo com incapacidade funcional completa.

Diagnóstico

Raio X

Permite diagnosticar a fratura na maioria das situações.

Tomografia Computorizada (TAC)

Útil quando há dúvida em relação à existência de fratura e no processo de decisão do tratamento.

Tratamento

Conservador

Quando realizar? Nas fracturas da tacícula radial sem desvio.

Opções de tratamento?

Imobilização 1 a 2 semanas

Prognóstico

Geralmente bom

Cirúrgico

  • Quando realizar? Em praticamente todas as fratura do cotovelo à exceção das fraturas da tacícula sem desvio

  • Procedimento/técnica – Osteossíntese/ Fixação dos fragmentos com parafusos, com ou sem placa.

Pós-operatório

Doente pode ter alta no dia da cirurgia ou no dia seguinte.

  • Uso de suspensor braquial por um período entre 2 a 4 semanas.
  • Deve retirar pontos cirúrgicos às 2 semanas.
  • Pode iniciar exercícios de mobilidade passiva no dia seguinte à cirurgia.

Quando procurar Especialista Ortopedista?

Sempre que a dor do cotovelo persistir após um trauma ou existir o diagnóstico de fratura do cotovelo por outro médico.

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