Epicondilite Medial ou Cotovelo do Golfista

O que é a Epicondilite Medial (Epitrocleíte) ou Cotovelo do Golfista?

É uma lesão de sobrecarga crónica com origem na região medial do cotovelo onde tem origem um conjunto de tendões que no seu conjunto fazem a flexão do punho e pronação do antebraço. É relativamente rara, principalmente quando comparada com a lesão do lado lateral do cotovelo e surge em indivíduos em idade ativa, fundamentalmente no lado dominante.

Mecanismo de lesão Epicondilite Medial (Epitrocleíte) ou Cotovelo do Golfista?

Realização de movimentos de flexão do punho e pronação do antebraço repetitivos durante atividade desportiva ou laboral

Quais os fatores de risco?

Prática de Golfe. Trabalhos repetitivos com pesos pesados.

Sinais e sintomas da Epicondilite Medial (Epitrocleíte) ou Cotovelo do Golfista

A dor tipicamente surge uns milímetros inferiormente ao epicôndilo medial do cotovelo de forma progressiva e mais raramente como uma forma aguda após determinado esforço. É importante excluir parestesias ou formigueiros para o 4º e 5º dedos da mão, o que implicaria o envolvimento do nervo cubital que passa mesmo posterior à inserção destes tendões na região medial do cotovelo.

Diagnóstico Epicondilite Medial (Epitrocleíte) ou Cotovelo do Golfista?

Exame físico

A mobilidade é geralmente normal. Quando se realiza flexão do punho e dedos e pronação contraresistência há uma aumento das dores na região medial do cotovelo.

Raio X

Permite ver o alinhamento do cotovelo, existência de artrose ou outras patologias que possam justificar a dor do doente.

Ecografia e Ressonância magnética

São os exames habituais de escolha para diagnosticar esta patologia que pode ir desde uma pequena inflamação até à rotura destes tendões

Tratamento Epicondilite Medial (Epitrocleíte) ou Cotovelo do Golfista?

Conservador

  • Quando realizar? – Sempre o tratamento de primeira linha.

Opções de tratamento?

  • O que fazer? – Medicação – Numa primeira fase (nos primeiros dias ou semanas após o início dos sintomas) deve ser tentado tratamento com anti-inflamatórios e analgésicos.
  • Fisioterapia/Reabilitação – Se não for suficiente ou os sintomas já tiverem alguns meses de progressão torna-se necessário iniciar reabilitação fisiátrica com o objetivo de reeducar o cotovelo.
  • Infiltração do Cotovelo – Nos casos mais refratários à fisioterapia, pode ser tentado alívio sintomático com infiltração no epicôndilo medial com corticoide e PRPs (plasma rico em plaquetas).
  • Os PRPs ou plasma rico em plaquetas são fatores de crescimento que podem ajudar na cicatrização do processo inflamatório e na regeneração do tendão degenerado. Este técnica consiste em utilizar o plasma e as plaquetas do próprio doente, que são previamente extraídas e seguidamente passam por um processo de centrifugação para preparar estes fatores de crescimento para depois serem infiltrados no local lesionado. Este procedimento é realizado em regime de ambulatório e o doente tem alta logo a seguir à infiltração, se clinicamente estável.

Cirúrgico

  • Quando realizar? -Nos raros casos em que tudo falha.
  • Técnica -Desbridamento do tecido desvitalizado: que consiste na remoção do tecido degenerado e estimular de seguida a cicatrização de tecido novo.

Pós-operatório

  • Este é um procedimento com pequena incisão de poucos centímetros e, por isso, o doente pode ter alta no próprio dia ou no dia seguinte à cirurgia.
  • Retira os pontos nas 2 semanas seguintes à cirurgia.
  • É permitido iniciar a mobilização do cotovelo no dia seguinte à cirurgia.
  • Deve iniciar reabilitação fisiátrica a seguir à cirurgia.

Como prevenir a Epicondilite Medial (Epitrocleíte) ou Cotovelo do Golfista?

Estilo de vida saudável e praticar corretamente os exercícios. Evitar movimentos repetidos.

Quando procurar Especialista Ortopedista?

Quando a dor do cotovelo persiste por mais de 5 dias consecutivos.

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